SP 3.2
Determinação da trigliceridemia e colesterolemia e características morfofuncionais do estômago e dos intestinos
RESUMO e Questões da SP 3.2
Triglicérides (jejum de 8 a 12 horas):
Normal: < 150 mg/dL
Limítrofe: 150 – 199 mg/dL
Alto: 200 – 499 mg/dL
Muito alto: ≥ 500 mg/dL
Colesterol Total:
Desejável: < 200 mg/dL
Limítrofe: 200 – 239 mg/dL
Alto: ≥ 240 mg/dL
Colesterol HDL (alto densidade, "bom colesterol"):
Baixo: < 40 mg/dL (homens) | < 50 mg/dL (mulheres)
Ideal: ≥ 60 mg/dL
Colesterol LDL (baixa densidade, "mau colesterol"):
Ótimo: < 100 mg/dL
Próximo ao ótimo: 100 – 129 mg/dL
Limítrofe: 130 – 159 mg/dL
Alto: 160 – 189 mg/dL
Muito alto: ≥ 190 mg/dL
1. Triglicérides:
Método: Enzimático colorimétrico
Princípio: A amostra é tratada com lipase, que quebra os triglicérides em glicerol e ácidos graxos livres. O glicerol é então convertido por enzimas em um produto colorido, cuja intensidade é proporcional à concentração de triglicérides e medida por espectrofotometria.
2. Colesterol total:
Método: Enzimático colorimétrico
Princípio: O colesterol é liberado das lipoproteínas por colesterol esterase e oxidado por colesterol oxidase, produzindo peróxido de hidrogênio. Uma reação colorimétrica envolvendo peroxidase gera um produto cuja intensidade é proporcional à concentração de colesterol.
3. Frações do colesterol (HDL, LDL, VLDL):
Método:
HDL: Precipitação do LDL e VLDL com reagente específico, dosando-se o HDL no sobrenadante.
LDL: Pode ser estimado com a fórmula de Friedewald:
LDL=Colesterol Total−HDL−Trigliceˊrides5LDL = \text{Colesterol Total} - HDL - \frac{\text{Triglicérides}}{5}LDL=Colesterol Total−HDL−5Trigliceˊrides
(válido se triglicérides < 400 mg/dL)
O estômago humano possui quatro regiões principais:
Cárdia: Região próxima à junção esofagogástrica.
Fundo gástrico (fundo): Parte superior e arredondada.
Corpo gástrico: Principal porção, onde ocorre a maior parte da digestão.
Antro pilórico e piloro: Região inferior que conduz o quimo ao duodeno.
Outras estruturas associadas:
Pregas gástricas (rugas): Facilitam a expansão do estômago.
Esfíncter esofágico inferior: Controla o refluxo.
Esfíncter pilórico: Regula o esvaziamento gástrico.
O intestino delgado possui quatro camadas histológicas, da luz para fora:
Mucosa:
Epitélio simples colunar com microvilosidades
Lâmina própria (tecido conjuntivo)
Muscular da mucosa
Submucosa:
Tecido conjuntivo com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos (plexo de Meissner)
Muscular própria:
Camada circular interna
Camada longitudinal externa
Contém o plexo de Auerbach (mientérico)
Serosa (ou adventícia):
Camada mais externa, composta por tecido conjuntivo e peritônio visceral
As vilosidades intestinais são projeções da mucosa do intestino delgado que aumentam significativamente a área de absorção. Suas principais funções:
Aumento da superfície de contato para absorção de nutrientes (aumenta em até 600x com microvilos).
Transporte eficiente de nutrientes digeridos como aminoácidos, ácidos graxos, monossacarídeos, vitaminas e minerais para o sangue ou linfa.
Barreira seletiva: O epitélio controla o que é absorvido, mantendo agentes patológicos do lado de fora.
Produção de enzimas digestivas e muco pelas células da mucosa.
Os lipídeos desempenham várias funções essenciais no corpo humano:
Fonte de energia: São a maior reserva energética do organismo, fornecendo cerca de 9 kcal por grama.
Isolamento térmico e proteção: A gordura subcutânea ajuda a manter a temperatura corporal e protege órgãos contra choques.
Componente estrutural: Fosfolipídios e colesterol compõem membranas celulares.
Síntese de hormônios: Esteroides (ex: testosterona, estrógeno, cortisol) são derivados do colesterol.
Transporte de vitaminas lipossolúveis: Vitaminas A, D, E e K dependem da gordura para serem absorvidas.
Triglicerídeos: Principal forma de gordura da dieta e do tecido adiposo (compostos por glicerol + 3 ácidos graxos).
Fosfolipídios: Presentes em ovos, soja, carnes e membranas celulares.
Colesterol: De origem animal (gema de ovo, carnes, leite); essencial para membranas celulares e síntese de hormônios.
Ácidos graxos:
Saturados: Origem animal; aumentam o colesterol LDL.
Insaturados: Origem vegetal e peixes; benéficos para a saúde cardiovascular.
Trans: Industrializados; aumentam o risco de doenças cardíacas.
A digestão dos lipídeos ocorre majoritariamente no intestino delgado e envolve:
Emulsificação:
Realizada pelos sais biliares produzidos no fígado e armazenados na vesícula biliar.
Transforma grandes gotículas de gordura em micelas menores, aumentando a área de contato.
Hidrólise enzimática:
Lipase pancreática quebra triglicerídeos em monoglicerídeos e ácidos graxos livres.
Absorção:
Ácidos graxos e monoglicerídeos penetram nas células intestinais (enterócitos).
Lá, são reesterificados em triglicerídeos.
Formação de quilomícrons:
Os triglicerídeos são encapsulados em lipoproteínas chamadas quilomícrons.
Transporte:
Quilomícrons entram nos vasos linfáticos e depois na corrente sanguínea.
São distribuídos para tecidos como músculo (energia) e tecido adiposo (armazenamento).
Síntese dos triglicerídeos (lipogênese):
Acontece no fígado e tecido adiposo quando há excesso de glicose.
Glicerol + ácidos graxos → triglicerídeos → armazenados no tecido adiposo.
Mobilização (lipólise):
Durante o jejum ou exercício, os triglicerídeos são quebrados em glicerol + ácidos graxos livres, que são liberados no sangue.
Transformação em energia (β-oxidação):
Ocorre nas mitocôndrias, principalmente do fígado e músculos.
Ácidos graxos são quebrados em unidades de acetil-CoA que entram no ciclo de Krebs → ATP.
Síntese e uso do colesterol em jejum:
Mesmo em jejum, o fígado continua produzindo colesterol (via HMG-CoA redutase).
O colesterol é usado na:
Formação de membranas celulares;
Produção de sais biliares;
Síntese de hormônios esteroides.
SISTEMA
DIGESTÓRIO
SUPERIOR
(Principais ÓRGÃOS e FISIOLOGIA)
Ducto colédoco (ou ducto biliar comum)
Transporta a bile da vesícula biliar e do fígado até o duodeno.
Ducto pancreático principal (ou ducto de Wirsung)
Canal que conduz as enzimas digestivas do pâncreas até o duodeno.
Ampola de Vater (ou ampola hepatopancreática)
Região onde o ducto colédoco e o ducto pancreático se unem antes de desembocar no duodeno.
Ducto hepático direito
Coleta bile do lobo direito do fígado.
Ducto hepático esquerdo
Coleta bile do lobo esquerdo do fígado.
Papila duodenal maior (ou papila de Vater)
Abertura no duodeno por onde a bile e o suco pancreático entram no intestino.
Fígado: Produz a bile, que emulsifica gorduras.
Vesícula biliar: Armazena e concentra a bile, liberando-a no duodeno quando necessário.
Pâncreas: Produz enzimas, como a lipase pancreática, que digere os lipídeos.
Duodeno: Primeiro segmento do intestino delgado onde ocorre a mistura da bile e das enzimas pancreáticas com o quimo, iniciando a digestão dos lipídeos.
Duodeno: É a primeira porção do intestino delgado, logo após o estômago. Nele ocorre a mistura do quimo com bile e sucos pancreáticos, essenciais para a digestão.
Número 7: Refere-se ao jejuno, que é a segunda porção do intestino delgado. É o local onde ocorre grande parte da absorção de nutrientes.
Número 8: Indica o íleo, a terceira porção do intestino delgado. Ele continua a absorção de nutrientes e termina no esfíncter ileocecal, que o conecta ao intestino grosso.
Essas três partes — duodeno, jejuno (7) e íleo (8) — compõem o intestino delgado, responsável por boa parte da digestão e absorção dos alimentos.
RESUMO GERAL
O sistema digestório é como um tubo longo e enrolado por onde o alimento passa, sendo transformado até que os nutrientes sejam absorvidos e o que não serve seja eliminado. O estômago e os intestinos são partes centrais desse processo.
Fica na parte superior do abdômen, mais à esquerda, logo abaixo do diafragma.
Conecta o esôfago ao intestino delgado.
Mistura os alimentos com suco gástrico (ácido + enzimas) para formar o quimo (papa semilíquida).
Inicia a digestão de proteínas.
Cárdia – entrada do estômago, onde o esôfago desemboca.
Fundo – parte superior arredondada, geralmente cheia de gases.
Corpo – parte maior, onde ocorre a maior parte da digestão.
Antro pilórico – prepara o alimento para sair do estômago.
Piloro – válvula que controla a saída para o duodeno.
Mucosa – produz o suco gástrico.
Muscular – realiza contrações para misturar os alimentos.
Serosa – camada externa que reveste e protege.
Ocupar grande parte do abdômen.
Vai do estômago (piloro) até o intestino grosso.
Digestão final dos alimentos e absorção dos nutrientes (açúcares, aminoácidos, gorduras, vitaminas, sais minerais e água).
Duodeno – primeira parte, recebe sucos do pâncreas e da bile para continuar a digestão.
Jejuno – parte do meio, com muitas vilosidades para absorção.
Íleo – final do intestino delgado, absorve o que resta e liga-se ao intestino grosso.
Vilosidades e microvilosidades – aumentam a área de absorção.
Placas de Peyer – tecido linfático que ajuda na defesa imunológica.
Rodeia o intestino delgado como uma moldura, no abdômen.
Absorve água e forma as fezes.
Ceco – bolsa inicial, com o apêndice ligado.
Cólon – tem 4 partes:
Ascendente (lado direito)
Transverso (atravessa o abdômen)
Descendente (lado esquerdo)
Sigmoide (forma de S, conecta ao reto)
Reto – armazena fezes até a evacuação.
Ânus – por onde as fezes saem do corpo.
Imagine o estômago como um “saco de suco ácido”.
O intestino delgado como um “cano fino com esponjas nas paredes” (vilosidades).
O intestino grosso como uma “moldura mais grossa que seca o conteúdo e empacota em fezes”.
Feedback do dia: Compreender sobre os lipídios, seus diferentes tipos e todas as suas funções é de suma importância para entendermos o nosso metabolismo como um todo.
Estou adorando esse complexo temático e acho que as aulas laboratoriais estão sendo incríveis!