SP 2.5 - Mutação Gênica, Membranas Fetais e Placenta
RESUMO e QUESTÕES DA SP
RESUMO
Mutação gênica é uma alteração na sequência de bases do DNA de um gene. Pode ocorrer de forma espontânea ou induzida por agentes mutagênicos (radiação, substâncias químicas, vírus).
Substituição de base (ponto):
Silenciosa: não altera o aminoácido.
Missense: troca um aminoácido por outro.
Nonsense: gera um códon de parada (terminação precoce da proteína).
Inserção ou Deleção (Indel):
Se não for múltiplo de 3, causa mudança de quadro de leitura (frameshift), alterando toda a proteína.
Neutra, benéfica ou prejudicial.
Pode levar a doenças genéticas (ex: fibrose cística, anemia falciforme).
São estruturas extraembrionárias que envolvem e protegem o embrião/feto durante o desenvolvimento intrauterino.
Âmnio:
Forma o saco amniótico.
Contém o líquido amniótico, que protege contra choques e desidratação.
Córion:
Membrana mais externa.
Participa da formação da placenta.
Possui vilosidades coriônicas, importantes nas trocas com o sangue materno.
Saco vitelino:
Origina parte do intestino primitivo.
Inicialmente responsável pela hematopoiese (formação de células sanguíneas) e nutrição.
Alantoide:
Forma parte do cordão umbilical.
Relacionada à formação de vasos e excreção primitiva.
Órgão transitório que se forma durante a gestação, essencial para a troca de substâncias entre a mãe e o feto.
Parte fetal: derivada do córion (vilosidades coriônicas).
Parte materna: decidua basal do endométrio.
Nutrição: transporta glicose, aminoácidos, ácidos graxos.
Excreção: elimina CO₂, ureia e outros resíduos fetais.
Respiração: troca de O₂ e CO₂.
Proteção imunológica: atua como barreira parcial a agentes infecciosos.
Produção hormonal:
hCG: mantém o corpo lúteo.
Progesterona: mantém o endométrio.
Estrogênios: crescimento uterino e mamário.
Somatomamotropina coriônica (hPL): prepara mama para lactação e regula metabolismo materno.
Contém vilosidades coriônicas imersas no sangue materno.
Tecido trofoblástico (citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto).
A parte fetal da placenta se origina do trofoblasto e das estruturas extraembrionárias do embrião.
Origina-se do blastocisto.
Diferencia-se em:
Citotrofoblasto (células individuais, mitoticamente ativas).
Sinciciotrofoblasto (células multinucleadas invasoras do endométrio).
Vilosidades primárias: apenas citotrofoblasto.
Vilosidades secundárias: surgem com mesoderma extraembrionário no interior.
Vilosidades terciárias: vasos sanguíneos se formam nas vilosidades → se conectam ao sistema circulatório do embrião.
Parte do córion que permanece em contato com o endométrio.
Dá origem à porção fetal da placenta, rica em vilosidades.
A parte materna da placenta se forma a partir do endométrio do útero da mãe, mais especificamente da decídua basal.
Células do endométrio sofrem transformação (reação decidual) para nutrição e proteção.
Formam a decídua basal (região onde o embrião se implanta).
Sinciciotrofoblasto invade o endométrio e erode vasos sanguíneos maternos.
Forma lacunas com sangue materno → inicia a circulação útero-placentária.
O crescimento das vilosidades fetais no córion frondoso forma septo placentário.
Dividem a placenta em cotilédones (áreas funcionais de troca materno-fetal).
Ocorre no núcleo, antes da divisão celular (fase S do ciclo celular).
Passos:
A enzima helicase separa as fitas do DNA.
A DNA polimerase adiciona novos nucleotídeos complementares a cada fita.
Uma fita é replicada de forma contínua (fita líder) e a outra em fragmentos de Okazaki (fita atrasada).
A enzima ligase une os fragmentos.
Ocorre no núcleo. Forma o RNA mensageiro (mRNA).
Passos:
A enzima RNA polimerase se liga à região promotora no DNA.
Abre o DNA e sintetiza uma fita de mRNA complementar à fita molde do DNA.
O mRNA é processado (remoção de íntrons, adição de cap 5’ e cauda poli-A).
O mRNA sai do núcleo para o citoplasma.
Ocorre no citoplasma, nos ribossomos.
Passos:
O ribossomo se liga ao mRNA.
Os tRNAs trazem aminoácidos conforme o códon do mRNA.
O ribossomo liga os aminoácidos na ordem correta, formando uma cadeia polipeptídica.
Ao encontrar um códon de parada, o processo termina e a proteína é liberada.
1. Cordão umbilical
Apresenta de 1 a 2 cm de diâmetro e 30 a 60 cm de comprimento.
Cordão muito longo: pode causar nós verdadeiros, enrolamento fetal e prolapso do cordão.
Cordão muito curto: pode causar descolamento prematuro da placenta e dificuldade no parto.
É composto por uma veia (sangue arterial para feto) e duas artérias (sangue venoso do feto).
Um tecido conjuntivo gelatinoso (gelatina de Wharton) envolve a artéria e a veia.
Feedback do dia: Aulas de laboratório muito produtivas e interessantes!
O fato de conhecermos todo o processo do período gestacional da mulher e como todos nós viemos ao mundo sob o ponto de vista científico da Medicina é algo de grande valia!