SP 3.1
Manutenção da Glicemia e a parte
supra diafragmática do tubo digestório
RESUMO e Questões da SP 3.1
Valores normais: entre 70 e 99 mg/dL.
Pré-diabetes: entre 100 e 125 mg/dL.
Diabetes mellitus: ≥ 126 mg/dL em duas medidas ou associado a sintomas clássicos.
Método: Enzimático, geralmente glicose oxidase ou hexoquinase.
Princípio:
Glicose oxidase: a enzima catalisa a oxidação da glicose, gerando peróxido de hidrogênio, que reage com um cromógeno → produz cor proporcional à concentração de glicose.
Hexoquinase: a glicose é fosforilada e posteriormente convertida em NADPH (detectável por espectrofotometria).
Boca:
Mastigação, início da digestão de carboidratos pela amilase salivar.
Faringe:
Conduz o alimento da boca ao esôfago.
Esôfago:
Transporte do bolo alimentar até o estômago por peristaltismo.
Boca, faringe e esôfago:
Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.
Função: Proteção mecânica contra atrito de alimentos.
O que já sabemos:
Carboidratos fornecem energia rápida.
São uma das três principais classes de macronutrientes.
O que precisamos saber:
Como eles afetam a glicemia e o metabolismo.
Diferença entre carboidratos simples e complexos.
O que aprendemos:
Carboidratos são a principal fonte de energia do organismo, especialmente para o cérebro e músculos.
Sua digestão libera glicose, que é usada nas células para produção de ATP (energia).
Excesso de carboidratos pode ser armazenado como glicogênio (fígado e músculos) ou convertido em gordura.
O que já sabemos:
Pães, massas e doces contêm carboidratos.
O que precisamos saber:
Quais são os tipos e suas funções.
Exemplos de carboidratos bons e ruins.
O que aprendemos:
Os principais carboidratos da dieta incluem:
Monossacarídeos: glicose, frutose, galactose.
Dissacarídeos: sacarose (açúcar comum), lactose (leite), maltose.
Polissacarídeos: amido (batata, arroz), glicogênio (armazenado nos músculos), fibras (celulose).
Carboidratos complexos (como fibras e amido) são digeridos mais lentamente e promovem maior saciedade e controle glicêmico.
O que já sabemos:
A glicose é absorvida no intestino e vai para o sangue.
O que precisamos saber:
Como ocorre o transporte da glicose pelas células.
Qual é o papel da insulina nesse processo.
O que aprendemos:
A glicose é absorvida no intestino delgado, principalmente no duodeno e jejuno, por transportadores específicos (SGLT1 e GLUT2).
Entra na circulação portal e vai para o fígado.
A insulina, produzida pelo pâncreas, facilita a entrada da glicose nas células (por meio de transportadores como o GLUT4 nos músculos e tecido adiposo).
O que já sabemos:
A glicose no sangue varia com a alimentação.
O que precisamos saber:
O que o corpo faz para manter os níveis de glicose constantes.
Como o fígado e o pâncreas participam desse controle.
O que aprendemos:
Pós-prandial (após comer): A glicose no sangue aumenta → o pâncreas libera insulina → promove entrada da glicose nas células e armazenamento como glicogênio.
Pré-prandial (jejum): A glicose diminui → o pâncreas libera glucagon → o fígado quebra glicogênio (glicogenólise) ou produz glicose a partir de outras fontes (gliconeogênese).
Esse sistema hormonal mantém a glicemia entre 70 e 99 mg/dL em jejum.
Microscopia das glândulas salivares e do trato gastrointestinal
Esse tópico trata da análise histológica (ao microscópio) das estruturas envolvidas na digestão. Inclui:
Tipos de glândulas: Parótida, submandibular e sublingual.
Tipo de ácino:
Parótida: ácinos serosos (produzem enzimas como a amilase).
Submandibular: ácinos mistos (serosos e mucosos).
Sublingual: predominância de ácinos mucosos (secreção viscosa).
Ductos excretores: Intercalares e estriados, com função na modificação da saliva.
Cada segmento do trato possui camadas histológicas típicas:
Mucosa (com epitélio, lâmina própria e muscular da mucosa).
Submucosa (com vasos e plexo de Meissner).
Muscular (com plexo de Auerbach entre as camadas).
Adventícia ou serosa.
Exemplos:
Esôfago: epitélio estratificado pavimentoso.
Estômago: epitélio cilíndrico simples com glândulas gástricas (células principais, parietais, mucosas).
Intestino delgado: presença de vilosidades e células absortivas com microvilos.
Intestino grosso: ausência de vilosidades e presença de criptas de Lieberkühn.
Aspectos macroscópicos do trato gastrointestinal superior e glândulas salivares
Esse tópico aborda o que pode ser visto a olho nu ou em dissecções anatômicas.
Inclui:
Esôfago: tubo muscular, cerca de 25 cm, conecta faringe ao estômago.
Estômago: órgão dilatado com curvaturas maior e menor, dividido em:
Fundo, corpo, antro pilórico, e piloro.
Duodeno: primeira porção do intestino delgado, em forma de “C”, onde desembocam a bile e o suco pancreático.
Parótida: localizada próxima ao ouvido, é a maior.
Submandibular: abaixo da mandíbula.
Sublingual: sob a língua.
São visíveis em dissecções, envoltas por cápsulas, e conectadas à cavidade oral por ductos.
No sistema digestório, os órgãos apresentam em sua parede camadas concêntricas com características próprias a cada segmento do tubo. As camadas do tubo digestório são:
Mucosa, formada por epitélio, lâmina própria e a camada muscular da mucosa.
Submucosa, formada por tecido conjuntivo, podendo conter plexos nervosos.
Muscular, formada por músculos estriado esquelético ou liso, podendo conter plexos nervosos.
Adventícia ou serosa, formada por tecido conjuntivo no caso da adventícia, e tecido seroso no caso das serosas.
Boca e orofaringe: revestidas por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, resistente à abrasão mecânica causada por alimentos.
Esôfago: também possui epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, adaptado ao atrito com alimentos durante a deglutição.
Função: este epitélio protege contra traumas e não está envolvido diretamente na absorção ou secreção, diferentemente do intestino.
Boca: início da digestão mecânica (mastigação) e química (enzimas da saliva). Possui epitélio resistente à fricção.
Faringe: canal comum aos sistemas digestório e respiratório, conduz alimento ao esôfago.
Esôfago: conduz o alimento até o estômago por meio de movimentos peristálticos. Sua estrutura muscular (camadas circular e longitudinal) é essencial para isso.
Terço superior: músculo esquelético
Terço médio: músculo esquelético + liso
Terço inferior: músculo liso
A parede dos órgãos do tubo digestório segue uma estrutura em camadas relativamente padronizada:
Mucosa:
Epitélio de revestimento
Lâmina própria (tecido conjuntivo)
Muscular da mucosa (músculo liso)
Submucosa:
Tecido conjuntivo com vasos, nervos e glândulas
Muscular própria:
Duas camadas musculares (circular interna e longitudinal externa)
Responsável pelo peristaltismo
Adventícia ou Serosa:
Adventícia (nos segmentos retroperitoneais como o esôfago)
Serosa (nos segmentos intraperitoneais como o estômago e intestinos)
Feedback do dia: Aulas de laboratório muito produtivas e interessantes!
Dentre as temáticas do complexo 3 (Metabolismo), na minha opinião, a parte de Carboidratos é mais simples e mais fácil de entender do que os outros tipos de macromoléculas, bem como suas digestões e metabolismos.
Estou adorando entender como tudo funciona no nosso organismo!