SP 3.3
Determinação da proteinemia e características morfofuncionais
do estômago
RESUMO e Questões da SP 3.3
A proteinemia é a quantidade total de proteínas no sangue, especialmente no plasma, que é a parte líquida do sangue sem as células.
As proteínas plasmáticas mais importantes são:
Albumina (a mais abundante)
Globulinas (como as imunoglobulinas)
Fibrinogênio (envolvido na coagulação, mas presente só no plasma, não no soro)
Proteínas totais: entre 6,0 a 8,0 g/dL
Albumina: cerca de 3,5 a 5,0 g/dL
O restante são as globulinas.
a) Método do Biureto
É o método mais comum.
Funciona assim: quando se adiciona o reagente de biureto ao soro (parte líquida do sangue), ele reage com as proteínas formando uma cor violeta.
Quanto mais forte a cor, maior a quantidade de proteína.
Um aparelho chamado espectrofotômetro mede a intensidade dessa cor.
b) Eletroforese de proteínas
Utilizado quando se quer ver quais tipos de proteínas estão presentes e em que quantidades.
O soro é colocado em um gel e passa uma corrente elétrica. As proteínas se movem em direções diferentes de acordo com seu tamanho e carga elétrica.
Forma bandas que indicam:
Albumina
Alfa-1, alfa-2, beta e gama globulinas
Para investigar doenças hepáticas, renais, inflamatórias, desnutrição, infecções crônicas ou cânceres como o mieloma múltiplo.
Ajuda a diferenciar entre:
Hipoproteinemia (poucas proteínas)
Hiperproteinemia (proteínas em excesso)
O estômago é um órgão do sistema digestivo, localizado entre o esôfago e o intestino delgado.
Sua principal função é transformar o alimento sólido em um líquido pastoso chamado quimo, facilitando a digestão.
O estômago tem quatro camadas principais:
Mucosa:
A mais interna, em contato com o alimento.
Possui glândulas que produzem suco gástrico.
Tem relevos e dobras (chamadas de rugas gástricas).
Submucosa:
Camada com vasos sanguíneos e nervos.
Fornece suporte para a mucosa.
Muscular:
Responsável pelos movimentos de contração (peristaltismo) que misturam o alimento com o suco gástrico.
Possui três camadas de músculo:
Longitudinal
Circular
Oblíqua
Serosa:
Revestimento externo, protege o estômago e permite que ele se mova dentro da cavidade abdominal.
É uma mistura de:
Ácido clorídrico (HCl): torna o pH ácido (entre 1 e 2), matando microrganismos e ativando enzimas digestivas.
Pepsina: quebra proteínas em pedaços menores.
Muco: protege a mucosa.
Fator intrínseco: essencial para absorção de vitamina B12 no intestino.
O estômago não faz muita absorção. Apenas álcool e alguns medicamentos podem ser absorvidos diretamente por ele.
A maior parte da digestão e absorção ocorre no intestino delgado.
As proteínas são essenciais para a vida. Elas participam de quase todos os processos biológicos:
Estruturais: formam tecidos como músculos, pele, cabelo e unhas (ex: colágeno, queratina).
Enzimáticas: catalisam reações químicas (ex: amilase, lactase).
Hormonais: atuam na regulação de funções corporais (ex: insulina, glucagon).
Imunológicas: compõem anticorpos que defendem o corpo.
Transporte: como a hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue.
Energia: em casos de jejum prolongado ou desnutrição, podem ser usadas como fonte energética.
Fontes alimentares de proteína:
Animais: carne, peixe, ovos, leite e derivados — proteínas de alto valor biológico (com todos os aminoácidos essenciais).
Vegetais: feijão, lentilha, soja, grão-de-bico, quinoa — algumas precisam ser combinadas para fornecer todos os aminoácidos.
Digestão das proteínas:
Começa no estômago:
Pepsina quebra proteínas grandes em fragmentos menores.
Continua no intestino delgado:
Enzimas como tripsina, quimotripsina e peptidases quebram os fragmentos em aminoácidos livres e peptídeos pequenos.
Após a digestão, os aminoácidos são absorvidos no intestino delgado (principalmente no jejuno e íleo).
Eles entram nos enterócitos (células intestinais) por transportadores específicos.
Depois, passam para o sangue e seguem pela veia porta hepática até o fígado.
O fígado decide se os aminoácidos:
Serão usados para formar proteínas,
Armazenados em pequenas quantidades,
Ou usados para gerar energia (se necessário).
Biossíntese proteica (síntese de proteínas):
Processo pelo qual o corpo produz suas próprias proteínas.
Envolve:
Transcrição: DNA → RNA mensageiro (no núcleo).
Tradução: RNA mensageiro → sequência de aminoácidos (no ribossomo).
Os aminoácidos são ligados por ligações peptídicas para formar uma nova proteína.
Uso de aminoácidos como energia:
Quando necessário, os aminoácidos passam por desaminação (retirada do grupo amina).
O que sobra (esqueleto carbônico) é convertido em:
Glicose (gliconeogênese) ou
Corpos cetônicos (em jejum ou dietas low carb) ou
ATP (energia) via ciclo de Krebs.
Histologia do estômago:
Possui 4 camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa.
Na mucosa existem:
Células parietais: produzem HCl e fator intrínseco.
Células principais: produzem pepsinogênio.
Células mucosas: secretam muco protetor.
Células G: secretam gastrina (hormônio regulador da digestão).
Endoscopia digestiva alta:
É um exame visual do esôfago, estômago e duodeno usando uma microcâmera.
Serve para investigar:
Gastrite
Úlceras
Refluxo
Tumores
Presença de H. pylori
Pode incluir biópsias (retirada de pequenos fragmentos de tecido para exame).
OBSERVAÇÃO INTERESSANTE!
A porcentagem de proteína no corpo humano varia conforme idade, sexo, composição corporal e estado nutricional, mas de forma geral:
🔹 Cerca de 15% a 20% do peso corporal total é constituído por proteínas.
Uma pessoa com 70 kg tem aproximadamente 10,5 a 14 kg de proteínas em seu corpo.
Músculos esqueléticos: armazenam a maior parte (cerca de 40% da proteína total).
Pele e tecidos conjuntivos: colágeno e queratina.
Órgãos internos: fígado, rins, coração, etc.
Plasma sanguíneo: albumina, globulinas e enzimas.
Enzimas, hormônios e anticorpos: têm natureza proteica.
Feedback do dia: Hoje compreendemos sobre as proteínas e toda a sua importância para o organismo como um todo, desde a função estrutural, hormonal, enzimática, etc.
Estou adorando esse complexo temático e acho que as aulas laboratoriais estão sendo incríveis!